Parte dos prefeitos que integra o Condersul (Consórcio dos Municípios do Sudoeste Paulista) estiveram reunidos no dia 24/11, na prefeitura de Capão Bonito para discutir um projeto para levantar todo o potencial do setor mineral na região.
A pedido dos prefeitos das cidades de Capão Bonito, Apiaí, Guapiara, Itaóca, Ribeirão Grande e Ribeirão Branco e com o apoio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento será realizado o OTGM (Ordenamento Territorial Geomineral) destes seis municípios.
O Estado investirá a pedido do deputado Edson Giriboni, do PV, mais de 600 mil reais e uma contrapartida de 78 mil reais que será rateado pelos municípios para saber qual é o real potencial mineral destas seis cidades que estão ligadas territorialmente e que teoricamente tem vasto campo para crescimento da mineração.
O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) foi indicado pelo governo estadual para desenvolver o trabalho e iniciará estudos para elaboração daquilo que será o primeiro Plano Diretor de Mineração a ser instituído nestas cidades e até mesmo em caráter regional.
Na reunião, técnicos do IPT fizeram uma apresentação que deixou prefeitos como Frederico Dias Batista, de Itaóca, empolgados. Estudos indicam que a cidade tem jazidas de volastonita, importante componente mineral utilizado pelas indústrias cerâmicas.
Em Ribeirão Branco, terra do prefeito Mauro Teixeira (PTB), o destaque é o granito branco (cacelenita) que pode ser encontrado em abundância.
Capão Bonito é conhecida mundialmente pelo seu granito “Red Capão”.
“O projeto é inovador porque envolve a elaboração do primeiro Plano Diretor de Mineração a ser instituído na nossa região. Será um trabalho que apresentará dados técnicos e científicos apontando o potencial da região e podendo servir para atrair investimento de grupos do país e até de fora”, ressaltou Marsis Cabral Junior, pesquisador do Centro de Tecnologias Geoambientais (CTGEO) do Instituto.
Os estudos serão executados por uma equipe técnica do IPT a partir de janeiro de 2018.
Segundo Marsis Junior, o trabalho envolverá uma coalizão inédita entre as peças-chave que atuam na região, como o setor empresarial, as prefeituras e os órgãos gestores, e entidades como o IPT e Centros de Pesquisa.
“Como a instituição coordenadora e executora dos estudos, o IPT enfrentará este desafio com a expectativa de que os resultados do projeto sejam aproveitados pelos órgãos públicos envolvidos e tragam resultados para toda a região”, acrescentou Cabral Jr.
De acordo com o prefeito de Capão Bonito e presidente do Condersul, Marco Citadini, o plano possibilitará aos municípios balizar concessões, ocupação do solo e Carta de Zooneamento, apontando as áreas aptas para mineração.
Para prefeitos como Eliana Santos, de Ribeirão Grande, o levantamento vem em boa hora pois a prefeitura está negociando com a duas indústrias de cimento que paralisaram as atividades no município e que ainda detêm direitos de exploração de grandes jazidas.
“Vamos ter informações técnicas que serão fundamentais para que possamos estar bem informados do real potencial da região quando formos negociar com a indústria do cimento”, disse Eliana.
O prefeito de Capão Bonito acrescentou outro fator importante na região com a realização do levantamento.
“Com dados científicos que serão levantados pelo estudo poderemos buscar empresários e mostrarmos que temos potencial no setor de mineração e isto vai nos ajudar na nossa busca incessante pela geração de emprego”, enfatizou Citadini.
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